22 de Maio de 2018
Documento de destaque – Maio 2018
O documento em destaque no mês de Maio de 2018 refere-se à sociedade “Artibus Limitada” que iniciou a sua atividade enquanto sociedade anónima de responsabilidade limitada, em 11 de abril de 1947, e tinha por objeto o comércio e indústria de esmaltes e cerâmicas.
De acordo com o Diário do Governo, a Artibus foi estabelecida por escritura pública de 11 de Abril de 1947, embora o início da sociedade ficasse registado nesse mesmo documento como tendo ocorrido a 1 de Janeiro desse ano. O seu capital social inicial era de 400.000$00, distribuído pelas seguintes quotas: Hernâni Henriques Salgueiro com 150.000$00; José Maria Vilarinho com 150.000$00; e Carlos Alberto Pinto da Mota com 100.000$00. Este último sócio, Carlos Alberto Pinto da Mota, assumiu o cargo de gerente técnico da fábrica.
A 31 de Outubro de 1949 uma nova escritura veio alterar significativamente quer o pacto social quer o capital da sociedade, que foi aumentado para 4.400.000$00 e ficou assim distribuído: José Maria Vilarinho, 2.000.000$00; Adélia Teixeira Vilarinho, 100.000$00; Fernando Arcanjo de Sá Marta, 600.000$00; Carlos Alegre Marta, 400.000$000; Eduardo Arcanjo de Sá Marta, 300.000$00; António de Ataíde Marta, 100.000$00; Manuel Alegre Marta, 200.000$00; Augusto Alegre Marta, 100.000$00; Lucílio Garcia, 100.000$00; António Luís Marta, 200.000$00; Maria Alice de Ataíde Marta Proença, 100.000$00; Mário Ferreira da Costa, 100.000$00; Armando Costa, 25.000$00; José Ferreira Correia, 25.000$00; João Fernandes Torrão, 25.000$00; e António Valente da Silva, 25.000$00.
Como se verifica por estes dados, José Maria Vilarinho foi o único elemento que transitou da sociedade anterior, ficando a Artibus, a partir de 1949, a ser controlada pelas famílias Vilarinho e Marta.
A saída de Carlos Alberto Pinto da Mota foi suprida com a entrada dos novos sócios António Valente da Silva, Armando Costa, João Fernandes Torrão e José Ferreira Correia, que vieram assegurar competências técnicas nos diversos sectores da fábrica.
A escritura da empresa em apreço pode ser consultada no livro de escrituras do notário Adelino Augusto Simão da Fonseca Leal, liv. Nº 212, de folhas 19 a 22v. da comarca de Aveiro. Livro este sob custódia do Arquivo Distrital de Aveiro com a cota atual: PT/ADAVR/NOT/1CNAVR/001/0304.
Gracinda Pereira
Assistente técnica/ADAVR