17 de Fevereiro de 2017
DOCUMENTO EM DESTAQUE – Fevereiro 2017
O Arquivo Distrital de Aveiro irá mensalmente durante todo o ano de 2017 destacar um documento que custodia nos seus acervos cujo temática será “Empresas e Empresários das Indústrias Transformadoras na Sub-Região da Ria de Aveiro, 1864-1931”, tendo por referência a tese de Doutoramento de Manuel Ferreira Rodrigues, leitor do Arquivo Distrital de Aveiro.
O documento que destacamos no mês de Fevereiro é a Escritura de Sociedade em nome colectivo “Brito & Companhia” que posteriormente se viria a denominar “Luzostela” – a primeira fábrica portuguesa de lixa, cuja escritura foi lavrada dois anos após a sua fundação na vila de Soza, concelho de Vagos.
A escritura fundadora desta Sociedade data de 1 de Fevereiro de 1906, e consta do livro 405-55, do Cartório Notarial de Vagos, do fólio 24 v.-27. A dita escritura de constituição de Sociedade Colectiva, tem como intervenientes, António de Brito Pereira de Resende, comerciante e industrial, António Maria Ferreira, capitalista e proprietário e Reynaldo Vidal Oudinot, farmacêutico, residentes, respectivamente no concelho de Vagos e Aveiro.
Esta sociedade tinha como fins a exploração industrial e comercial de fabricação de lixa de todas as qualidades e de outro qualquer artigo que lhe pudesse convir.
A Empresa Luzostela seria à data a única unidade produtora de produtos abrasivos flexíveis no país até 1961. Embora com duas difíceis décadas de afirmação, chegaria no início da década de vinte à sua expansão e consolidação. Na década de 50 atinge o seu auge com a substituição do vapor pela electricidade e introdução de novas matérias primas.
Escritura de Sociedade em nome colectivo “Brito & Companhia”, fl 24v.-25
Escritura de Sociedade em nome colectivo “Brito & Companhia”, fl. 25v.-26
Escritura de Sociedade em nome colectivo “Brito & Companhia”, fl. 26v.-27