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Notícias

17 de Fevereiro de 2020

Oliveira de Azeméis. Notáveis da Minha Terra!

Exposição virtual

O Arquivo Distrital de Aveiro – ADAVR dedica o mês de fevereiro de 2020 às personalidades, figuras públicas, notáveis do concelho de Oliveira de Azeméis.

Do concelho de Oliveira de Azeméis selecionamos 27 personalidade de entre as milhares que celebra ao longo da sua história e que são de igual modo merecedoras de homenagem. Desde o poeta José Maria Ferreira de Castro, ao Arcebispo de Braga Dom Frei Caetano Brandão, a Maria Julieta Guimarães Gandra corajosa figura feminia da resistência contra a ditadura assinalamos estas 27 personalidades entre muitas outras que em épocas diferentes marcaram a história de Oliveira de Azeméis.

O ADAVR agradece à Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis e ao seu Arquivo Municipal pela colaboração prestada na elaboração desta exposição virtual.

“São vários os símbolos deste município destacando-se não só o património construído, dos quais são exemplo os castros de Ul e de Ossela, os moinhos usados para a moagem de cereais e o descasque do arroz, o Parque e a Capela de La Salette, as casas de brasileiro construídas por alguns emigrantes regressados do Brasil, os centros históricos de Oliveira de Azeméis e da Bemposta e alguns edifícios cujos projectos de construção foram elaborado pelo conhecido arquitecto Siza Vieira; mas é também valioso o património natural englobando os rios Antuã, Caima e Ul, para além das paisagens existentes em redor dos mesmos.

Dentro dos recursos culturais existentes é notória a importância de uma das maiores figuras da literatura portuguesa do século XX, Ferreira de Castro, mundialmente reconhecido como o autor de obras como A Selva, considerada uma das maiores referências da literatura romântica brasileira, escrita durante o período em que esteve emigrado em Belém do Pará, Os Emigrantes e Criminoso por Ambição, foram obras editadas em várias línguas alcançando assim público das mais diversas nacionalidades, e nas quais se denota um desejo “profundo de regressar, saudade nunca sentida tão intensamente” porque olhando para a paisagem tropical “o sol de Portugal parecia-lhe, agora, mais branco e evocava-o a entrar-lhe pelas portas e janelas, a espairecer no quintal, a cobrir a aldeia inteira.”

Fonte: https://www.cm-oaz.pt/oliveira_de_azemeis.1/historia.40/historia.a55.html

 


Nº de ordem Nome Nascimento e Morte Data do documento Código de referência do documento
1 Manuel Correia de Bastos Pina 
Bispo de Coimbra; Conde de Arganil; Benemérito; mandou construir um santuário junto à sua residência familiar, na Quinta da Costeira, em Carregosa; Confessor oficial do Príncipe D. Duarte e do Príncipe D. Manuel. Era amigo da rainha D. Amélia.
N. 19-11-1830 [Carregosa]
F. 19-11-1913
24-11-1830 PT/ADAVR/POAZ01/1/8 Folha 88
2 José Maria Ferreira de Castro
Escritor;Jornalista, mas sobretudo ficcionista, é um dos autores com maior obra traduzida em todo o mundo, podendo-se incluir a sua obra na categoria de literatura universal moderna, precursora do neorealismo, de escrita caracteristicamente identificada com a intervenção social e ideológica. De referir a recente adaptação ao cinema da sua obra “A Selva”; Deu nome ao Museu Ferreira de Castro em Ossela. Prémio Ricardo Malheiros (1934)Prémio Águia de Ouro de Festival do Livro de Nice (1970)Prémio da Latinidade (1971)
N. 24-05-1898 [Ossela]
F. 29-07-1974 [Porto]
06-12-1910 PT/ADAVR/AC/GCAVR/H-D/001/0025/001327 Folha 282
3 Alípio Brandão
Pintor; Escultor; Entalhador; Aprendiz dos mestres Artur Loureiro e Manuel Rodrigues. Fez inúmeras exposições, designadamente em Lisboa, Porto, Coimbra, Aveiro, Estoril, Cascais; apresentou inúmeros trabalhos de pintura a óleo, desenhos, talha e escultura decorativa em madeira (miniaturas) .
N-18-08-1902 [Santiago de Riba Ul]
F – 05-06-1965 [Santiago de Riba Ul]
08-09-1902 PT/ADAVR/POAZ14/1/72 Folha 15
4 Bento de Sousa Carqueja
Empresário, Publicista, Escritor, Naturalista e Professor da Universidade do Porto; Dirigiu “O Comércio do Porto” esteve na origem de diversas iniciativas cívicas levadas a cabo pela obra social daquele periódico e de importantes investimentos públicos e privados, em especial no concelho de Oliveira de Azeméis. Foi sócio da Academia das Ciências de Lisboa
N- 06-11-1860 [Oliveira de Azeméis]
F – 02-081935 [Foz do Douro]
08-12-1860 PT/ADAVR/POAZ09/1/10; Folha 32 v º
5 Tomás Figueiredo de Araújo Costa
Desenhador na Repartição Distrital de Obras Públicas no Porto; Escultor; Director do Centro Artístico Portuense. Colaborador na Revista de Arte Portuguesa; Galardoado na Exposição Universal de Escultura e, 1889 no “Salon de Paris” Vencedor do Concurso de homenagem ao 4ª Centenário do Infante dom Henrique; Comendador da Ordem de São Tiago; Autor da Estátua do Marechal Saldanha em Lisboa. Autor do Busto oficial da Rainha D. Amélia
N – 25-02-1860 [Santiago Riba Ul]
F – 27-03-1932 [Lisboa]
16-03-1860 PT/ADAVR/POAZ14/1/8; Folha 2 v º
6 Albino Soares Pinho dos Reis Júnior
Político, Jurista e Magistrado, intimamente ligado ao regime do Estado Novo e a António de Oliveira Salazar; Galardoado com o prémio Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo. Desde 1936 e até atingir o limite de idade exerceu as funções de Presidente do Supremo Tribunal Administrativo. Em 1945 foi nomeado membro vitalício do Conselho de Estado
N – 30-09-1888 [Loureiro]
F – 14-05-1983 [Loureiro]
20-10-1888 PT/ADAVR/POAZ04/1/38 Folha 28 vº e 29
7 Abel Pêra
Ator brasileiro, pai da atriz Marília Pêra,entrou para o mundo do teatro no final da adolescência como carpinteiro; Dos seus trabalhos destacam-se “ A Pensão da Dona Estela” e “Feitiço”, de Oduvaldo Vianna; participou da novela “Fogo Sobre Terra” em 1974. O último trabalho de Abel Pêra foi o filme “O Casamento” lançado em 1976.
N- 16-11-1891 [Carregosa]
F – 27-09-1975 [Rio Janeiro]
23-11-1891 PT/ADAVR/POAZ01/1/35 Folha 15 v º e 16
8 António Eduardo da Silva Cravo
Benemérito; 2.º Barão de São João de Loureiro, foi um destacado Empresário industrial e agrícola; Filantropo e Político português radicado no Brasil; Diretor de diversas agremiações portuguesas do Rio de Janeiro, e também teve forte atuação política defendendo o regime monárquico português mesmo após a Implantação da República Portuguesa; Agraciado a 17 de Maio de 1958 com o grau de Comendador da Ordem de Benemerência.
N – 21-09-1887 [Loureiro]
F – 25-06-1981 [Loureiro]
09-10-1887 PT/ADAVR/POAZ04/1/37 Folha 28
9 Manuel Soares de Oliveira Cravo
1.º Barão de São João de Loureiro; Prestigiante empresário agrícola português; Agraciado com o prémio de Comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, Comendador da Ordem de Cristo
N – 14-02-1844 [Loureiro]
F – 17-09-1896 [Loureiro]
  PT-ADAVR-POAZ04-1-16; Folha 13 vº
10 José Pinto Leite
Proprietário; Empresário; Benemérito; doou a quantia de um conto de réis para o fundo e socorro aos afetados pela febre amarela em Lisboa no ano de 1857
N – 04-04-1811 [Cucujães]
F – 21-02-1860 [Cucujães]
10-04-1811 PT/ADAVR/POAZ19/1/10 Folha 101
11 Sebastião Pinto Leite
Abastado proprietário, Senhor da Quinta e Palácio em Gandarinha em Oliveira de Azeméis, do Palacete Pinto Leite, no Porto, e da histórica Quinta da Penha Longa. 1.º Conde de Saldanha, 1.º Marquês de Saldanha e 1.º Duque de Saldanha; Comendador da Ordem Militar de Cristo e Comendador da Imperial Ordem da Rosa, do Brasil; 1.º Visconde da Gandarinha, Titulo que lhe foi concedido por Carta de D. Luís I de Portugal de 30 de Janeiro de 1879; Par do Reino ;Foi elevado à Grandeza, como 1.º Conde de Penha Longa, por Carta de D. Luís I de Portugal de 4 de Março de 1886; Usou por Armas: escudo partido, a 1.ª Pinto e a 2.ª Leite; timbre: Pinto; coroa de Visconde, depois coroa de Conde.
N – 26-04- 1815 [Cucujães]
F -25-08-1892 [Lapa, Lisboa]
02-05-1815 PT/ADAVR/POAZ19/1/10 Folha 163
12 Clementina Libânia Pinto Leite
Benemérita;  promoveu diversas obras filantrópicas. Uma das principais é o Asilo da Gandarinha, atual Fundação Condessa de Penha Longa, inaugurado em 1874, e que recebeu em 1878 a visita de D. António da Costa de Sousa de Macedo, o primeiro Ministro da Educação em Portugal; Fundou a Escola Agrícola de Massamá, em Massamá, Sintra.
N – 6-09-1840 [Cucujães]
C – 18-12-1855 [Cucujães[
F – 17-09-1921 [Asilo da Gandarinha]
18-12-1855 PT-ADAVR-POAZ19-2-16 folha 190 vº e 191
13 José Lopes de Oliveira
Formado em Medicina, foi nomeado facultativo do Partido Médico de São João da Madeira em 1907. No ano seguinte, envia um ofício à Câmara a informar que deixava de fazer a inspeção do gado para abate na referida Freguesia, devido às ilegalidades cometidas pelos talhantes, com a complacência da Câmara. No final de 1911 foi nomeado Presidente da Câmara Municipal. Durante o mandato como Presidente, desempenhou igualmente o cargo de Juiz Substituto.
N – 09-12-1878 [Nogueira do Cravo]
F – 11-06-1960 [Nogueira do Cravo]
21-12-1878 PT/ADAVR/POAZ08/1/42 ; Folha 43
14 António Joaquim Ferreira da Silva
Famoso químico português, um dos maiores expoentes da ciência portuguesa. Foi o primeiro presidente da Sociedade Portuguesa de Química, Par do Reino , Conselheiro de Sua Majestade, sócio da Associação Comercial do Porto, Comendador da Ordem de S. Tiago e Cavaleiro da Legião de Honra.
N – 28-07-1853 [Cucujães]
F – 23-08-1923 [Santatiago de Riba Ul]
21-08-1853 PT/ADAVR/POAZ19/1/11; Folha 216 v º
15 José Joaquim Godinho
Visconde de Riba-Ul;  Embarcou com 14 anos para o Brasil; Estabeleceu-se comercialmente anos depois marcando em pouco tempo uma posição de relevo no Rio de Janeiro. Activo organizador de angariação de fundos na colónia Portuguesa do Rio e dos mais generosos subscritores. Criou uma escola na terra onde nasceu e aí realizou diversos melhoramentos. Tomou parte activa no impulso dado a todas as instituições portuguesas no Rio de Janeiro; Sócio benemérito de várias instituições culturais portuguesas. O título de Visconde de Riba Ul foi-lhe concedido em 1882 por D. Luís.
N- 12-12-1836 [Santiago de Riba Ul]
F – 11-06-1885 [Rio de Janeiro]
18-12-1836 PT/ADAVR/POAZ14/1/6 Folha 119 vº
16 António Gomes Brandão
Visconde do Carrego; Sócio da Companhia de Caminhos de Ferro ao Sul do Tejo; Fidalgo Cavaleiro da Casa Real; Eleito deputado da Nação; Condecorado como comendador da Ordem da Conceição. Criou uma escola primária em Cucujães, para rapazes, considerada na época, como uma das mais bem equipadas do distrito de Aveiro; Ajudou à construção do antigo Convento da Madre de Deus em Lisboa; O titulo de Visconde de Carregoso foi-lhe atribuido por D. Luís I de Portugal por decreto de 27 de Março de 1869
N – 19-04-1807 [Cucujães]
F – 26-09-1878 [Cucujães]
26-04-1807 PT/ADAVR/POAZ19/1/10 Folha 35 e 35 v º
17 Caetano da Anunciação Brandão  
Pertenceu à Terceira Ordem Regular de São Francisco ; Professor; Bacharel em Teologia; Foi nomeado Bispo do Pará pela rainha D. Maria I, confirmado pela bula de Pio VI; Foi ordenado Bispo pelas mãos de Dom Francisco da Assumpção e Brito; Arcebispo de Goa e Damão, por Dom Bartolomeu Manoel Mendes dos Reis e Bispo Emérito de Mariana de Minas Gerais, Brasil. Voltando a Lisboa a sua acção de grande missionário não passou despercebida e D. Maria I nomeia-o, em 1789, Arcebispo da Arquidiocese mais importante do Reino – Braga; Funda o Colégio dos Órfãos de S. Caetano ainda hoje em atividade.
N – 11-09-1740 [Loureiro]
F – 15-12-1805 [Braga]
18-09-1740 PT/ADAVR/POAZ04/1/6 Folha122 vº
18 António Ferreira de Araújo e Silva
Licenciado em Latim e Francês; Formado em Engenharia de Pontes e Estradas e em Engenharia de Minas da Academia Politécnica, conquistou prémios e um diploma de louvor na cadeira de Arquitetura Civil; Nomeado Engenheiro da Repartição Distrital de Obras Públicas de Aveiro, promovido a Engenheiro-chefe e a Diretor das Obras Públicas do Distrito de Aveiro. Correspondente do “O Comércio do Porto” publicou artigos sobre o Porto de Leixões no Eco de Portugal e Brazil; Membro da Comissão de Viação, do Conselho de Agricultura Distrital, da Comissão Executiva da Junta Geral do Distrito, e da Junta de Paróquia de Vera-Cruz. Presidiu ao Colégio Eleitoral, nas Eleições de Pares do Reino e ao Grémio Moderno, foi condecorado, por proposta do Ministério da Guerra, com o grau de Cavaleiro da Ordem Militar de Santiago, pelo projeto e construção do quartel de cavalaria de Aveiro; agraciado, sob proposta do Ministério das Obras Públicas, com a Carta de Conselho, em 1892, pelos serviços prestados no exercício das suas funções; e com a Comenda da Ordem Militar de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, em 1900, proposta pelo Ministro do Reino, em reconhecimento pelos serviços civis prestados na direção das obras do Monumento ao Infante D. Henrique.
N – 9-08-1843 8Oliveira de Azeméis]
F – 28-12-1908
18-08-1843 PT/ADAVR/POAZ09/1/8 folha 180
19 Domingos José da Costa
Emigrou para o Brasil onde se estabilizou como comerciante. Mesmo emigrado manteve fortes relações com a sua terra Natal, organizando um grupo de Oliveirenses em 1908 para que se concretizassem as festas da nossa senhora da la Salette. Com o saldo positivo das festas levou a cabo melhorias no monte dos castros. Presidente da Comissão Patriotica Oliveirense entre com o objectivo de reunir dotanivos para transformar o Monte dos Castros num espaço de lazer
N – 18-12-1865 [Oliveira de Azeméis]
F – 27-01-1937 [Porto]
23-12-1865 PT/ADAVR/POAZ09/1/13 Folha 99
20 Frei Simão de Vasconcelos
Combatente liberal, frade monástico do Mosteiro de Alcobaça, participou activamente nas lutas contra os absolutistas, acabando por ser capturado no lugar de Fruste, em Moldes, Arouca, em 8 de setembro de 1832, após rendição da sua guerrilha às ordenanças de Arouca, por falta de munições, é fuzilado no Terreiro de Santa Cristina, em Viseu, conjuntamente com outros liberais, em 1832.
N – 28-04-1788 [Cesar]
F – 17-10-1832 [Viseu]
06-01-1789 PT-ADAVR-POAZ02-1-4 folha 287 e 287 v º
21 José Francisco da Silva Lima
Médico no Brasil; Integrante da chamada Escola Tropicalista Baiana, é considerado um dos pioneiros da medicina tropical no Brasil. Foi para Brasil com quatorze anos e fixou-se na cidade de Salvador, na província da Bahia. Fez o curso preparatório e ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia, onde obteve o grau de doutor em 1851, com a “Dissertação philosophica e critica a cerca da força medicatriz da natureza”. Juntamente com Otto Edward Henry Wucherer e John Ligertwood Paterson, organizou a chamada Escola Tropicalista Baiana (posteriormente denominada Escola Parasitológica e Tropicalista da Bahia), Dedicou-se à pesquisa da etiologia das doenças tropicais, que acometiam principalmente as populações pobres do país. Foi considerado predecessor da medicina experimental no Brasil e foi agraciado com a Comenda da Ordem de Cristo de Portugal
N – 15-01-1826 [Cesar]
F – 10-02-1910 [São Salvador da Baia]
19-01-1826 PT-ADAVR-POAZ02-1-5 folha 119
22 Joaquim César Soares de Pinho
Benemérito;Proprietário da Casa do “Barretos Feios” doada à Misericórdia no seu testamento, que ficou com a obrigação de instalar um “Recolhimento para Inválidos” na casa onde viveu e morreu, no centro de Oliveira de Azeméis; Integrou a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis tendo pertencido à Direção. Participou a comissão de melhoramento do parque da La Salette sendo grande impulsionador das obras de requalificação do parque nos anos 40
N – 19-01-1882 [Macinhata de Seixa]
F – 28-11-1958 [Macinhata de Seixa]
31-03-1917 PT-ADAVR-NOT-CNOAZ5-001/0315, Folhas 13 v º a 16 v º
23 João da Costa Santos
Frequentou o Seminário nunca chegando à carreira Sacerdotal . Durante a Guerra foi incorporado numa expedição de defesa de Moçambique contra os Alemães. Após o final dos conflitos volta a Portugal onde fez o curso de professor primário e paralelamente iniciou estudos Secundários. Exerceu como professor primário na escola Conde Ferreira ate 1953. Paralelamente deu aulas de Geografia e Historia no Colégio da Vila, impulsionando os jovens Oliveirenses a fazerem estudos mais avançados. Comandante dos Bombeiros Voluntários e presidente do núcleo local da liga dos Combatentes
N – 20-12-1894 [São Roque]
F – 27-03-1984 [São Roque]
01-01-1895 PT/ADAVR/POAZ18/1/41
24 Maria Adília Alegria Martins de Almeida
Oriunda de famílias prestigiadas Oliveirenses fundou a “Casa” – Escola de Oliveira de Azemeis , berço do colégio de Oliveira de Azeméis. Com o apoio do seu marido manda construir vários imóveis inseridos no colégio que fizeram destes o mais desejado e conceituado do país , onde se lecionava desde a instrução primaria ao 7º ano do liceu, com alunos de Portugal e estrangeiro. O presidente da republica concedeu lhe a Grã-Cruz da Ordem de Instrução Pública.
N – 10-10-1904 [Pinheiro da Bemposta]
F – 05-03-1996 [Pinheiro da Bemposta]
09-11-1904 PT/ADAVR/POAZ13/1/114, folha 21 vº
25 Maria Julieta Guimarães Gandra
Médica; Política;Corajosa figura feminina da Resistência contra a ditadura, e da luta anti-colonial, foi uma mulher de invulgar personalidade, verdadeiramente progressista, já que de ideias muito avançadas para o seu tempo. Humana, solidária e de grande sensibilidade. Em meados dos anos 40 parte para Angola onde veio a atender no seu consultório médico as senhoras da sociedade colonial e depressa se tornou conhecida como médica ginecologista. Acusada de conspirar contra a segurança do Estado, bem como de pertencer ao Partido Comunista, foi julgada em 1959 em Tribunal Militar, em Luanda, integrada no chamado «Processo dos 50» foi condenada a 12 meses de prisão, pena que foi agravada para 2 anos de prisão maior e medidas de segurança de 6 meses a 3 anos. Em 1964, a cumprir pena em Caxias, com a saúde muito debilitada, foi escolhida como «prisioneira do ano» pela Amnistia Internacional, saindo em liberdade em Julho de 65. Fica então a viver em Lisboa, numa casa que cedo se torna ponto de encontro de activistas e militantes anti-coloniais.
N – 16-09-1917 [Oliveira Azeméis]
F – 08-10-2007 [Lisboa]
   
26 Armanda da Conceição Silva Martins Forjaz de Lacerda
Lutou contra a ditadura do Estado Novo sócia da Delegação do Porto da Associação Feminina Portuguesa para a Paz, militado clandestinamente no Partido Comunista e, nesse âmbito, sido presa em 1945.Militante comunista na década de 40 e sócia nº 301 da Delegação do Porto da Associação Feminina Portuguesa para a Paz, exemplo paradigmático da importância das teias familiares na intervenção política e associativa das mulheres, nomeadamente sob a ditadura. Casou pouco tempo antes de passar à clandestinidade; usou o pseudónimo “Conceição”; participou, enquanto companheira, no apoio logístico à V reunião ampliada do Comité Central realizada, em Maio de 1945, na Casa da Granja; a 14 de Junho, foi presa com o marido, então membro suplente do CC, numa casa em Moreira da Maia usada como tipografia pelo Comité Local do Porto. Foi solta em liberdade condicional e, em 4 de Novembro de 1946, condenada em três meses de prisão correcional, por ter acompanhado o marido na clandestinidade.
N – 26-02-1919  [Pinheiro da Bemposta]
F – 22-02-1955
14-06-1945 PT/TT/PIDE/E/010/83/16479
27 Maria Eugénia Haas da Costa Ramos (Diana de LIZ)
Escritora; Feminista; Colaboradora em diversos jornais assinando como “Mimi Haas”. Casou com José Ferreira de Castro. Publicou várias obras literárias assinando como “Diana de Liz”
N – 29-03-1892 [Évora]
F – 30-05-1930 [Ossela]
  Capa de Pedras Falsas, colectânea de textos de Diana Liz publicada postumamente por Ferreira de Castro
Esta notícia foi publicada em 17 de Fevereiro de 2020 e foi arquivada em: ADAVR, Documento em destaque, Geral.